Torres Vedras, 18 Outubro 2019 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa afirmou hoje no encontro com colaboradores do sector da Pastoral Social da diocese que cada comunidade deve identificar “uma periferia” à sua volta para a colocar no centro durante o Ano Pastoral em curso.
“Sair com Cristo ao encontro de todas as periferias” é o tema do terceiro ano de recepção do Sínodo da Diocese de Lisboa, após ter centrado os projectos diocesanos na Bíblia, no primeiro ano, e na Liturgia, no segundo, tendo por objectivo “activar todas as instâncias de corresponsabilidade”.
Departamento da Pastoral Sociocaritativa do Patriarcado de Lisboa promoveu hoje o “Dia da Solicitude”, no Centro Diocesano de Espiritualidade, no Turcifal (Torres Vedras) para apresentar o tema do Ano Pastoral e partilhar acções programadas que o concretizam.

  1. Manuel Clemente sugeriu que cada comunidade e cada grupo “olhe à sua volta” e identifique “o que é mais periférico”, por exemplo a “grande de população idosa e só”, que “não é visitada” nem tem possibilidade de “tratar tudo o que precisa para a sua vida”.

“Há muita gente que não participa nas nossas celebrações paroquiais porque não tem possibilidades de se deslocar”.
O patriarca valorizou também as iniciativas de muitas comunidades onde “os  onde paroquianos se organizam e vão buscar essas pessoas para a Eucaristia dominical”.
“Há coisas muito bonitas a acontecer”, sublinhou.

  1. Manuel Clemente lembrou que a sociedade portuguesa tem cada vez mais o desafio da nova realidade demográfica, que apontam para que a população portuguesa, em meados do séc. XXI, desça dos 10 milhões para os sete milhões, com o crescimento das pessoas com mais de 65 anos.

“As paróquias podem ser um sinal para a sociedade portuguesa”, disse o cardeal-patriarca, desafiando os diocesanos à promoção de um relacionamento com as pessoas sós da família.