Acolher a Palavra, confrontar-se com a Palavra. É um encontro sereno e tranquilo, com o Deus da vida que entra e começa a fazer parte da nossa existência. 
“Não podemos ser só ouvintes da Palavra, mas praticantes”. Só ao praticar o que cremos é que mostramos a nossa fé e autenticidade e nos tornamos testemunhas qualificadas diante de Deus”. 
São cinco palavras-chave que não podemos esquecer: 
Ler a Palavra; Meditar a Palavra; Rezar a Palavra; Contemplar a Palavra; Viver a Palavra. 
Sem interiorização da Palavra de Deus, não há vida espiritual. 
Nada há de melhor que, depois de a termos lido ou escutado, meditar a Palavra do Senhor, dialogando com Ele, abrindo nosso coração para lhe dizer tudo o que se passa em nós. É no diálogo amoroso, onde amamos e nos sentimos amados e que todas as dificuldades são superadas e vencidas para sempre. Deus, na verdade, é o melhor psicólogo, aquele que nos cura em profundidade. Ele nos conhece e sabe de que e como somos feitos.
A leitura ou a escuta da Palavra de Deus nos provoca e nos leva necessariamente a falar com Deus, ou melhor, a abrir-lhe o nosso coração com toda simplicidade. Estamos “de coração nas mãos”, como diz o povo, e colocamos no coração de Deus tudo o que se passa dentro de nós. Toda a  cura se realiza pelo diálogo, por meio do qual assumimos a nossa realidade de pecadores. Toda a perturbação colocada diante de Deus – com confiança – se torna insignificante, perturba mas não embaraça, porque o amor de Deus é maior do que nós. Ele queima todo o seu fogo de amor para nos libertar e possamos viver na dignidade de filhos e filhos muito amados.
Mas tudo começa pelo diálogo. Sem este seremos incompletos, fugitivos e a nossa vida não terá sentido. É o amor que flui em nós e canta como água cristalina que brota da nascente. Não tenhamos medo de Deus, Ele nos ama e o seu amor nos “restaura”! 
        (Artigo extraído do livro “Como rezar”)